Por Paloma Sá
Sempre quis saber “o que há por trás” nas canções que ouvi. Desde a composição de letra e música, parcerias, histórias, músicos, produção. Canção Contada conta sobre as canções que muito ouvimos e pouco conhecemos.
A musicagem de Thiago Pethit reconhece o desconhecido, pontua o passo, pretende despretensiosa, dramatiza a vibração, permeia norteada, afere emoção, deita e levanta, converte pensamento, enfatiza entrega, sedimenta conquista, constrói verdade, afina alma e nos leva para… O sentido o qual quisermos.
Paloma Sá: Sei que “Nightwalker tem história “empírica”. Conte-me.
Thiago Pethit: “Nightwalker” surgiu num amanhecer pós-noitada de festa. A típica noite em que nos prometemos ficar em casa, dormir cedo e descansar, mas por pura falta de vocação, decidimos fazer o contrário. E aquela saidinha que tinha tudo para ser apenas uma “meia horinha” longe de casa, apenas “um drink”, acaba virando o dia com os passos tortos na calçada. A inspiração foi basicamente essa.
Thiago Pethit: “Nightwalker” surgiu num amanhecer pós-noitada de festa. A típica noite em que nos prometemos ficar em casa, dormir cedo e descansar, mas por pura falta de vocação, decidimos fazer o contrário. E aquela saidinha que tinha tudo para ser apenas uma “meia horinha” longe de casa, apenas “um drink”, acaba virando o dia com os passos tortos na calçada. A inspiração foi basicamente essa.
O que imaginou para começar a compor?
A primeira imagem que tive ao começar a letra foram desses “sapatos”, que levam o dono a passear, quase que involuntariamente, e se tornam os responsáveis pelo que vem a seguir, na música.
A primeira imagem que tive ao começar a letra foram desses “sapatos”, que levam o dono a passear, quase que involuntariamente, e se tornam os responsáveis pelo que vem a seguir, na música.
“Dancing, dancing, dreaming of a neon light” é o ápice de um verdadeiro “nightwalker”.
Em “White Hat”, havia um pequeno trecho que foi editado, que dizia algo sobre “neon lights”, e eu sempre quis usar o termo “neon lights” em uma canção, mas em “Nightwalker” fez mais sentido.
Em “White Hat”, havia um pequeno trecho que foi editado, que dizia algo sobre “neon lights”, e eu sempre quis usar o termo “neon lights” em uma canção, mas em “Nightwalker” fez mais sentido.
E pensar que “Nightwalker” não estaria no disco… Decupe essa situação musical.
A canção foi composta por mim e meu parceiro compositor, Rafael Barion, com quem já tinha feito as letras de “Essa Canção Francesa” e “Voix de Ville”. Foi a última música a ser gravada. Já era fim de dezembro, e o álbum já estava completo, com 10 faixas. Duas semanas antes do Natal, liguei para o Yuri Kalil (produtor do disco Berlim, Texas), e disse: “Kalil, tenho uma nova. É a música que faltava no disco, animada e alegre”. Ele certamente deve ter considerado a possibilidade de me matar. Era Natal, e eu não terminava esse disco que já tinha tomado três meses de produção.
Como produzir tudo no último segundo da “virada” do disco?A canção foi composta por mim e meu parceiro compositor, Rafael Barion, com quem já tinha feito as letras de “Essa Canção Francesa” e “Voix de Ville”. Foi a última música a ser gravada. Já era fim de dezembro, e o álbum já estava completo, com 10 faixas. Duas semanas antes do Natal, liguei para o Yuri Kalil (produtor do disco Berlim, Texas), e disse: “Kalil, tenho uma nova. É a música que faltava no disco, animada e alegre”. Ele certamente deve ter considerado a possibilidade de me matar. Era Natal, e eu não terminava esse disco que já tinha tomado três meses de produção.
Deixamos a ideia decantar até janeiro, quando voltamos todos ao estúdio, em uma tarde, criamos os arranjos e gravamos tudo. Eu, as vozes e o piano, Kalil, a bateria e as levadas no violão, gravamos as palminhas, que na minha opinião, são o charme da música. É uma das minhas preferidas. Eu amo quando surge uma canção bem na reta final e sinto que ela pode ser a faixa que faltava para completar um pedacinho da história.
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